Resumo
O presente artigo busca analisar a transformação do crédito em Campinas, entre os anos de 1865 e 1888, e explicar como que tais transformações estavam relacionadas com o declínio escravista e a transição para a mão de obra livre, não só em Campinas, mas em todo o território nacional. Esse entrelaçamento ocorria, principalmente, pelo fato de o escravo ser o principal colateral de crédito hipotecário, o crédito mais voltado à lavoura. Dessa forma, a crise escravista se expressava também como uma possível crise financeira, e consequentemente, econômica e social. Para tal análise, utilizamos os registros dos livros de Inscrição Especial de Hipotecas que compõem o acervo documental pertencente ao Cartório de Registro de Título e Documentos, preservado no Centro de Memória da Unicamp.