Resumo
Este artigo trata da política externa brasileira por meio de sua participação nas três Conferências das Nações Unidas sobre Meio Ambiente. Em Estocolmo, com a defesa irrestrita ao desenvolvimento e com o argumento de que o maior tipo de poluição é a pobreza. No Rio de Janeiro, onde houve uma maior participação da sociedade em virtude do processo de redemocratização do país. E, finalmente, em Joanesburgo, onde o Brasil se consolida como um grande defensor do desenvolvimento sustentável, busca espaços para ampliar a sua influência no cenário internacional e obter uma imagem de “potência verde”. Para entender o posicionamento do Brasil nas questões ambientais é necessário conhecer a trajetória de seu desenvolvimento, visto que no momento em que surgem as primeiras preocupações com o meio ambiente nos países centrais, tem-se um país de terceiro mundo buscando o crescimento por meio do processo de industrialização por substituição de importações. Além disso, faz-se necessária a sua contextualização com as transformações políticas pela qual passava o mundo naquele momento de crescente preocupação com o esgotamento dos recursos naturais e de surgimento de novas alternativas de preservação ambiental. Como resultado, tem-se uma análise contemporânea de questões que há séculos questionam a condição humana.