Resumo
Ao assumir o governo logo após o suicídio de Getúlio Vargas, o novo presidente do Brasil, João Café Filho, surpreenderia ao anunciar o economista liberal Eugênio Gudin como ministro da Fazenda. Gudin levaria consigo para a pasta uma equipe de renomados intelectuais técnicos, entre eles, Roberto de Oliveira Campos, Alexandre Kafka e Octávio Gouvêa de Bulhões, este último à frente da Superintendência da Moeda e Crédito (SUMOC), instituição precursora do Banco Central. O presente trabalho busca tecer um breve panorama dos desafios e das contradições enfrentados por aquela equipe em meio a uma forte crise agravada por um ambiente internacional hostil, fruto de posturas assumidas pelo governo anterior. Utilizando os jornais do período como fonte de pesquisa histórica visamos contribuir à compreensão de um momento particular ainda pouco abordado na historiografia.